Assistindo ao documentário “Pro dia nascer feliz”, onde são apresentadas realidades diferentes entre Nordeste, Rio de Janeiro e São Paulo, levantei alguns questionamentos em minha mente.
Principalemte quando aparece a discussão no Colégio Santa Cruz – São Paulo, as meninas que vivem na “bolha” falando sobre o capitalismo e pobreza. Me senti participante dessa realidade e daquelas falas, assim como elas, também cresci dentro da “bolha” . E pensava da mesma forma, não tenho culpa de ter nascido nessa família economicamente favorecida.
Meu pai sempre foi do comércio e minha mãe professora e diretora da Rede pública de Santo André, sempre estava com eles e acompanhei visualizando diiversas realidades que me faziam refletir.
A relação poder-exploração sempre foi algo que me chamou a atenção, o descaso com a periferia, o favorecimento da região central, tenho isso muito claro em minha mente. Vivi durante 05 anos a realidade de uma Escola Municipal do Jardim Santo André, região perfiférica, cercada de bocas de tráfico, escola abarrotada de alunos e a verba e/ou materiais enviados pela prefeitura era o mínimo possível. Porém uma escola central, do bairro Jardim, poucos alunos, cercada por prédios de luxo, recebi excesso de material sem necessidade. Mais uma vez fica clara, a relação de diferenças de classes, o favorecimento de interesses. Como apresentado no documentário, relações gritantes poder-exploração.
Por mais parte da bolha que fizesse, aprendi vivenciando essas relações...
Autora: Mariana Manini
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