quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Contrastes...

(Fonte: http://www.google.com.br/imgres?imgurl=http://blog.miltontonello.com.br/up/m/mi/blog.miltontonello.com.br/img/Brasil._Qual_e_a_tua_cara.jpg&imgrefurl=http://blog.miltontonello.com.br/2008/07/&usg=__uZt4RLBWGAY2nRfGfelrgVe0zBM=&h=750&w=500&sz=418&hl=pt-br&start=13&sig2=srzRYaByHmeIO7le96jeyw&zoom=1&tbnid=H-V-fr2HrEVxWM:&tbnh=135&tbnw=94&ei=pending&prev=/images%3Fq%3DFavela%2Bde%2BParais%25C3%25B3polis%2BMorumbi%26um%3D1%26hl%3Dpt-br%26biw%3D1024%26bih%3D572%26tbs%3Disch:10%2C345&um=1&itbs=1&iact=hc&vpx=479&vpy=228&dur=264&hovh=191&hovw=127&tx=95&ty=55&oei=M3fkTJnlDMqaOtPRhJMB&esq=2&page=2&ndsp=15&ved=1t:429,r:2,s:13&biw=1024&bih=572)

Favela de Paraisópolis é a 2ª maior favela de São Paulo, localizada no bairro do Morumbi.
Duas realidades que se diferenciam por um muro. Casas e apartamentos de luxo, com piscinas, saunas, dão vista as ruas não pavimentadas, esgoto a céu aberto, fruto de uma urbanização capitalista que privilegia os interesses corporativos em detrimento das populações locais.
O lado luxuoso se mantém e se desenvolve através da exploração e da desigualdade presente ao seu lado, Paraisópolis.

“(..) Do povo oprimido nas filas, nas vilas, favelas
Da força da grana que ergue e destrói coisas belas (...) ”
Sampa – Caetano Veloso
(Fonte: http://www.google.com.br/imgres?imgurl=http://blog.miltontonello.com.br/up/m/mi/blog.miltontonello.com.br/img/Brasil._Qual_e_a_tua_cara.jpg&imgrefurl=http://blog.miltontonello.com.br/2008/07/&usg=__uZt4RLBWGAY2nRfGfelrgVe0zBM=&h=750&w=500&sz=418&hl=pt-br&start=13&sig2=srzRYaByHmeIO7le96jeyw&zoom=1&tbnid=H-V-fr2HrEVxWM:&tbnh=135&tbnw=94&ei=pending&prev=/images%3Fq%3DFavela%2Bde%2BParais%25C3%25B3polis%2BMorumbi%26um%3D1%26hl%3Dpt-br%26biw%3D1024%26bih%3D572%26tbs%3Disch:10%2C345&um=1&itbs=1&iact=hc&vpx=479&vpy=228&dur=264&hovh=191&hovw=127&tx=95&ty=55&oei=M3fkTJnlDMqaOtPRhJMB&esq=2&page=2&ndsp=15&ved=1t:429,r:2,s:13&biw=1024&bih=572)

Sampa
Caetano Veloso


Alguma coisa acontece no meu coração
Que só quando cruza a Ipiranga e Av. São João
É que quando eu cheguei por aqui eu nada entendi
Da dura poesia concreta de tuas esquinas
Da deselegância discreta de tuas meninas
Ainda não havia para mim Rita Lee
A tua mais completa tradução
Alguma coisa acontece no meu coração
Que só quando cruza a Ipiranga e avenida São João

Quando eu te encarei frente a frente e não vi o meu rosto
Chamei de mau gosto o que vi, de mau gosto, mau gosto
É que Narciso acha feio o que não é espelho
E à mente apavora o que ainda não é mesmo velho
Nada do que não era antes quando não somos mutantes
E foste um difícil começo
Afasto o que não conheço
E quem vem de outro sonho feliz de cidade
Aprende depressa a chamar-te de realidade
Porque és o avesso do avesso do avesso do avesso

Do povo oprimido nas filas, nas vilas, favelas
Da força da grana que ergue e destrói coisas belas
Da feia fumaça que sobe, apagando as estrelas
Eu vejo surgir teus poetas de campos, espaços
Tuas oficinas de florestas, teus deuses da chuva
Pan-Américas de Áfricas utópicas, túmulo do samba
Mas possível novo quilombo de Zumbi
E os Novos Baianos passeiam na tua garoa
E novos baianos te podem curtir numa boa.