quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Saudosa Maloca...

(Fonte: http://www.encontrabrooklin.com.br/brooklin/sede-do-bank-boston-no-brooklin.shtml e http://monicabarbosa.com.br/?p=5858 - Montagem: Mariana Manini)

Saudosa Maloca - Adoniran Barbosa

Si o senhor não está lembrado
Dá licença de contá
Que aqui onde agora está
Esse edifício arto
Era uma casa véia
Um palacete assombradado
Foi aqui seu moço
Que eu, Mato Grosso e o Joca
Construímos nossa maloca
Mais, um dia
Nem nóis nem pode se alembrá
Veio os homi cas ferramentas
O dono mandô derrubá
Peguemo todas nossas coisas
E fumos pro meio da rua
Aprecia a demolição
Que tristeza que nóis sentia
Cada táuba que caía
Duia no coração
Mato Grosso quis gritá
Mas em cima eu falei:
Os homis tá cá razão
Nós arranja outro lugar
Só se conformemo quando o Joca falou:
"Deus dá o frio conforme o cobertor"
E hoje nóis pega a páia nas grama do jardim
E prá esquecê nóis cantemos assim:
Saudosa maloca, maloca querida,
Dim dim donde nóis passemos os dias feliz de nossas vidas
Saudosa maloca,maloca querida,
Dim dim donde nóis passemo os dias feliz de nossas vidas.



E quantas malocas temos espalhadas por SP?
E quantas já foram destruídas? Inúmeras...
Construídas de forma irregular, pela população que não tem condições de local ou até mesmo comprar uma casa.
Essa é uma alternativa encontrada para sobreviver na grande metrópole!!!

O crescimento populacional desenfreado foi o grande percussor deste processo... Hoje os arranhas céus tomaram conta deste espaço, prédios de padrões elevados separam o que antes era construído com tábua de madeira. Os amigos, que antes unidos, cantavam a demolição, hoje, de vêem através pela tela de 15 polegadas!!!

sábado, 13 de novembro de 2010

Os dois lados da Globalização

(Fonte:www.blogbrasil.com.br/wp-content/uploads/2009/06/entenda-mais-sobre-a-globalizacao-e-suas-consequencias.jpg&imgrefurl=http://www.blogbrasil.com.br/entenda-mais-sobre-a-globalizacao-e-suas-consequencias/&usg=__WRnYTuojWwv_NcRnHoy7d75QjC0=&h=200&w=187&sz=18&hl=pt-br&start=19&zoom=1&tbnid=Sojef8u4bf0zsM:&tbnh=130&tbnw=118&prev=/images%3Fq%3Dglobaliza%25C3%25A7%25C3%25A3o%26um%3D1%26hl%3Dpt-br%26sa%3DN%26biw%3D1440%26bih%3D692%26tbs%3Disch:10%2C459&um=1&itbs=1&iact=rc&dur=264&ei=VcrrTMqnE8OC8gaMv4hW&oei=UMrrTOzYJMGB8gaeg6yJAg&esq=2&page=2&ndsp=34&ved=1t:429,r:25,s:19&tx=57&ty=77&biw=1440&bih=692)

Ao assistir ao documentário: "Milton Santos o mundo global visto do lado de cá", consegui compreender um pouco mais sobre a Globalização que segundo Milton Santos nos apresenta 3 mundos, são eles: o mundo que visualizamos, que seria aquele que nos faz pensar o consumo como uma ideologia de vida, massificando e padronizando a cultura. O mundo tal como ele é, com desempregos, epidemias, pobreza, falta de moradia entre outras tantas coisas. E, finalmente, o mundo como ele pode ser... Outra Globalização, aquela que pode abranger a todos os países auxiliando-os para um desenvolvimento com qualidade.

A Globalização, é tão conhecida e falada por todos, e pode permitir uma melhor comunicação e trocas técnicas, culturais e comercial entre os países, aproximando-os. Porém, há o outra face, com aspectos negativos, pois permite o crescimento das desigualdades no mundo todo, aumentando o desemprego e a fome. Aliada a ela, as conquistas tecnológicas, tem sido utilizadas de forma inadequada, voltada para guerras e confrontos.

É preciso que façamos uma reflexão sobre as possibilidades que a Globalização carrega consigo, pois ela poderia trazer avanços no combate a fome, medicina, proporcionar mais empregos e assim enautecer o lado positivo, proporcionando transformações benéficas.

Autora: Luana de Carvalho

Tão perto, mas ainda tão longe ...


(Fonte: Mc Donald´s localizado dentro do Carrefour da Av.Vergueiro - SBC - SP | Foto tirada por: Silvana Ribeiro)
Esta placa tão atraente por suas formas e cores nos parece fazer um convite gentil e cordial, como se pudéssemos ouvir uma voz alegre dizendo: “ Aqui é a entrada, venha!! Você vai amar muito tudo isto !! hummmm !! dá até vontade só de pensar ...
Mas quando o nosso olhar vai além desta tão bela propaganda, e de tudo o que ela representa e oferece, enxerga que este convite não é estendido a todos.
Nesta imagem percebemos a grande extensão de uma cerca que representa a existência de duas realidades que convivem num mesmo mundo, uma sociedade que se subdivide em dois grupos: “o grupo dos que não comem e o grupo dos que não dormem, com receio da revolta dos que não comem.” (Josué de Castro).
O sistema econômico que rege a nossa sociedade é o capitalismo, onde as grandes empresas são os centros do mundo, e a garantia do desenvolvimento se dá graças a exploração e desigualdade.
O documentário de Milton Santos: O Mundo global visto do lado de cá, nos fala sobre a globalização, e a produção do globalitarismo, que existe para reproduzir a globalização, onde ele nos indica a necessidade da quebra deste ciclo vicioso, através da produção de formas democráticas que realmente sejam democráticas.
Este vídeo nos a traz esperança, de que as condições da história atual nos permite ver que outra realidade é possível, pois os diversos movimentos populares buscam alternativas para uma globalização solidária. Temos que recomeçar a civilização! ... “ Na realidade, nunca houve humanidade. Estamos fazendo os ensaios do que será a humanidade.” (Milton Santos)
Autoria: Silvana Ribeiro

Convidamos você a visualizar este documentário:


(Fonte: http://www.youtube.com/watch?v=iG8iQza_Mow&feature=related)

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Liberdade?!



Será mesmo que estamos livres? Será mesmo que temos o poder de escolha?
 
Vivemos numa sociedade que se espelha na midia, que transmite seus interesses, que condiciona, que impõe;
Vivemos numa sociedade que o dinheiro está acima de tudo;
Vivemos numa sociedade que governa pros seus próprios interesses;
Vivemos numa sociedade que discrimina;
Vivemos numa sociedade que isola;
Vivemos numa sociedade que sempre da um jeitinho;
Vivemos numa sociedade que fecha os olhos;
Vivemos numa sociedade que esquece;
Vivemos numa sociedade feliz?!
 
Autora: Mariana Manini

Viver na bolha...

(Fonte: http://www.google.com.br/imgres?imgurl=http://g1.globo.com/Noticias/Mundo/foto/0,,11964198,00.jpg&imgrefurl=http://g1.globo.com/Noticias/PlanetaBizarro/0,,MUL190136-6091,00-BRITANICO%2BBOTA%2BPESSOAS%2BEM%2BBOLHA%2BDE%2BSABAO%2BE%2BBATE%2BRECORDE.html&usg=__MhlgDZsfSjKyGA-slw_-th4aMeQ=&h=424&w=595&sz=44&hl=pt-br&start=0&sig2=S03RBOQK8JOAcY8pL7zrrg&zoom=1&tbnid=L5k8jyD0_a_PTM:&tbnh=139&tbnw=195&ei=wnTkTIWDG8HqOZzDgZMB&prev=/images%3Fq%3DPessoas%2Bna%2Bbolha%26um%3D1%26hl%3Dpt-br%26sa%3DN%26biw%3D1024%26bih%3D572%26tbs%3Disch:1&um=1&itbs=1&iact=rc&dur=320&oei=wnTkTIWDG8HqOZzDgZMB&esq=1&page=1&ndsp=12&ved=1t:429,r:0,s:0&tx=126&ty=93)


Assistindo ao documentário “Pro dia nascer feliz”, onde são apresentadas realidades diferentes entre Nordeste, Rio de Janeiro e São Paulo, levantei alguns questionamentos em minha mente.
Principalemte quando aparece a discussão no Colégio Santa Cruz – São Paulo, as meninas que vivem na “bolha” falando sobre o capitalismo e pobreza. Me senti participante dessa realidade e daquelas falas, assim como elas, também cresci dentro da “bolha” . E pensava da mesma forma, não tenho culpa de ter nascido nessa família economicamente favorecida.
Meu pai sempre foi do comércio e minha mãe professora e diretora da Rede pública de Santo André, sempre estava com eles e acompanhei visualizando diiversas realidades que me faziam refletir.
A relação poder-exploração sempre foi algo que me chamou a atenção, o descaso com a periferia, o favorecimento da região central, tenho isso muito claro em minha mente. Vivi durante 05 anos a realidade de uma Escola Municipal do Jardim Santo André, região perfiférica, cercada de bocas de tráfico, escola abarrotada de alunos e a verba e/ou materiais enviados pela prefeitura era o mínimo possível. Porém uma escola central, do bairro Jardim, poucos alunos, cercada por prédios de luxo, recebi excesso de material sem necessidade. Mais uma vez fica clara, a relação de diferenças de classes, o favorecimento de interesses. Como apresentado no documentário, relações gritantes poder-exploração.
Por mais parte da bolha que fizesse, aprendi vivenciando essas relações...
Autora: Mariana Manini

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

O espaço do cidadão

O espaço do cidadão;
Será ??!

Se você costuma trafegar pela Via Anchieta (próximo ao km 19), verá a construção de várias casas de tijolos vermelhos. É uma comunidade onde certamente vivam muitos trabalhadores com suas famílias, são portanto considerados cidadãos brasileiros.

Uma das casas chama bastante atenção, porque acima dela foi construído um Outdoor que leva a propaganda da Hope, estrelada por ninguém menos que Gisele Bündchen.

Esta imagem é chocante porque a desigualdade social é explícita, e demonstra como a urbanização privilegia os interesses corporativos em detrimento das populações locais.

Enquanto a Corporação oferece seu produto, (que tem uma grande valorização no mercado, um conjunto de lingerie não custa menos de R$ 105,00), o cidadão usa quase esta mesma quantia para a compra de uma cesta básica, que é necessária para a sua sobrevivência, (e isto tudo sem falarmos no certo cachê milionário da modelo).

Esta situação, nos motiva a reflexão de como o sistema capitalista é desigual, num mesmo espaço enxergamos dois mundos opostos: do “poder” e do “desprovido”.

O espaço impõe a cada coisa um determinado feixe de relações, porque cada coisa ocupa um lugar dado”. (R. Caillois, 1964,p.58)

E por ironia, ou não, a tradução da palavra Hope é esperança, expectativa.

Autora: Silvana Ribeiro


(Fonte: Moradias localizada no KM 19 da Av. Anchieta sentido Litoral - SP | Foto tirada por Silvana Ribeiro)


quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Um poema de São Paulo...

Minha Terra tem um trânsito
Onde cantam as buzinas
As pessoas que passeiam
Respiram ar de gasolina.

Parados nos faróis têm um show particular
Com os meninos e seus malabares
Que estão sempre por lá!

Muitos prédios, muitas casas
Muitas ruas e avenidas
Cruzam o caminho
De quem transita por essa “cidadezinha”

Shoppings Center e feirinhas
Camelos e barraquinhas
Mas escolho a 25
Pra comprar minhas  tranqueirinhas


E se a fome apertar
Vou logo pro Mercadão
Comer um lanche de Mortadela
Que ta na boa do povão!

Essa cidade é muito famosa
E cheia de alegria!
O povo tem problemas
Mas vive sempre em harmonia!!!


Autoras: Luana de Carvalho e Mariana Manini